Neste artigo iremos abordar quais são os componentes do sistema fotovoltaico on grid.
Os sistemas fotovoltaicos fazem uso do efeito fotovoltaico, um fenômeno natural que permite a conversão da luz do Sol que incide em certos materiais (semicondutores) em energia elétrica. Nos sistemas chamados "conectados" ou on grid existe uma conexão direta com a rede da distribuidora (“grid”), o que permite tanto consumir quanto injetar energia para a rede. Os principais componentes são:
(A) Os painéis solares fazem a conversão direta da luz do Sol (energia luminosa) em energia elétrica. Isso ocorre continuamente, enquanto incidir luz sobre os painéis. O pico (máximo de energia gerada) é ao meio-dia.
(B) O inversor converte a eletricidade em corrente contínua (CC) gerada pelos painéis em corrente alternada (CA). Fica entre os painéis solares e o quadro de distribuição, de modo que a energia já convertida possa ser consumida antes pelas cargas locais. O excedente, quando houver, passará pelo relógio bidirecional e será injetado na rede.
(C) O quadro de distribuição organiza os fios para a distribuição dos circuitos elétricos, que devem ser identificados (iluminação, tomadas etc.), fazendo a divisão das cargas de forma adequada para evitar sobrecargas. Também contém os disjuntores de proteção.
(D) Um medidor bidirecional faz a leitura tanto a energia consumida da rede da distribuidora quanto a energia injetada na rede.
(E) A rede de distribuição elétrica da concessionária entrega energia elétrica para consumo, e também recebe energia excedente produzida pelo sistema fotovoltaico conectado. Sempre que ocorrer injeção de energia excedente serão gerados "créditos de energia" que poderão ser consumidos posteriormente (durante a noite, por exemplo). Este é o sistema de compensação de créditos de energia, implementado no Brasil a partir da REN 482/2012 e aperfeiçoado pela REN 687/2015 da ANEEL, e que torna possível a REDUÇÃO DO VALOR DA CONTA DE LUZ pela cobrança da diferença entre o que foi consumido e o que foi gerado localmente de energia elétrica, dentro de um mesmo período de tarifação.
Observar que os sistemas conectados tipicamente não utilizam bancos de baterias dado que isso não é necessário e aumentaria os custos do projeto, além de elevar os custos com manutenção pois as baterias estacionárias possuem vida útil menor que os painéis solares e os inversores. Assim, a grande maioria dos sistemas conectados é de entrega direta, ou seja, a energia excedente é injetada diretamente na rede da distribuidora, que passa a atuar como se fosse um "sistema de armazenamento". Há casos especiais, entretanto, em que são instalados sistemas conectados híbridos, que possuem conexão com a rede e também utilizam bancos de baterias.
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